quarta-feira, 2 de maio de 2007

Valquíria


A Valquíria desceu voando junto ao Rio,
e colhe os reflexos das Flores sobre a Água
(antiga Neve derretida da Montanha).
Com eles tece um Colar de Mágoa.

As Flores aguardam ao cair da Noite
a última Brisa… e a quem vão dá-la?
À Valquíria, que saberá conduzi-la
até aos velhos Deuses do Walhalla.

A Valquíria estremece, pressentindo
ao longe, na Noite, um Canto triste.
Estremece, julgando ouvir um Eco amado
na Escuridão imensa que persiste.

Mas tem de partir… esperam-na os Deuses,
a quem jurou até ao fim servir…
Monta o Cavalo Alado e chama a Brisa
mas as Flores em pranto não a deixam partir…

Adormece a Valquíria à beira do regato
do seu cansaço as Flores roubam mais perfume…
Agita-se na Noite a Brisa ainda inquieta,
e ao longe, o Eco repete o seu queixume…

3 comentários:

sonho disse...

Trebor, passo para deixar uma rosa de agradecimento pela amabilidade da visita.

"Valquírias"... gosto das de Wagner... menos das que cheiram a napalm (menos ainda pela manhã)... também gostei das deste cantinho...

sabe a morada, apareça... "servimos chá ou bombay tonic, conforme a hora do dia..."

voltarei.

beijo/abraço

Eli disse...

Ei... obrigada...

Eu só escrevo o que sai na hora. Tu tens qualidade litarária, eu não.

:)

NARNIA disse...

Palavras suaves :)

Beijo