Já avivámos brasas molhadas
no caudal da lágrima vã
e flutuando, a lua nos trouxe
à luz da manhã
Reencontrámos lágrimas e riso
demos tempo ao tempo veloz
já fizemos tanto e tão pouco
que há-de ser de nós
Que há-de ser da mais longa carta
que se abriu, peito alvoroçado
devolver-se-á: «endereço errado?»
Que há-de ser, só nós o sabemos
pondo o fogo e a chuva na voz
repartindo ao vento pedaços
que hão-de ser de nós
no caudal da lágrima vã
e flutuando, a lua nos trouxe
à luz da manhã
Reencontrámos lágrimas e riso
demos tempo ao tempo veloz
já fizemos tanto e tão pouco
que há-de ser de nós
Que há-de ser da mais longa carta
que se abriu, peito alvoroçado
devolver-se-á: «endereço errado?»
Que há-de ser, só nós o sabemos
pondo o fogo e a chuva na voz
repartindo ao vento pedaços
que hão-de ser de nós
» Sérgio Godinho «
2 comentários:
Olá
Acedi so seu blog via Murcon, (estive a "cuscar" os blogues dos participantes no Murcon- não houve muitas pessoas a comentar nos seus blogues o 25 de Abril, mas gostei muito de ler o seu post no Murcon.
Não é fácil resistir aos muitos desencantos da vida, mas mal de nós se perdermos a ESPERANÇA.
um abraço
Caro anónimo
Quer um País - não só o nosso - quer cada um de nós, tem de manter acesa essa ESPERANÇA de que fala, mesmo que às vezes se cerrem os dentes para as lágrimas não caírem...
ABRAÇO
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